A palestra “O
mundo muda, a palestra muda” do professor doutor em comunicação Dado Schneider
começou vinte minutos depois do horário marcado. Pelo menos no meu relógio. Mas
a expectativa era grande e quando começou, esqueci o horário. Não imaginava como
seria a tal palestra muda até ela começar.
A palestra muda
é feita a partir de apresentações em Power point e músicas. As músicas são bem
escolhidas, todas internacionais e voltadas para o público jovem. Artistas como
David Gueta, Jay Z e Alicia Keys, Lady Gaga, entre outros, apareceram na
playlist da palestra. Achei muito boa a escolha das músicas. Primeiro por serem
de artistas jovens e direcionadas para jovens, além de Pop e comerciais.
Segundo por estarem em outra língua, inglês. Como a maioria das pessoas não
entende inglês, não há distração em cantar a letra em português e podem ler
melhor os textos das apresentações.
A expressão “sem
noção” apareceu muito nessa primeira parte da palestra. “Não seja um sem
noção”. Achei isso sensacional. Dado, o palestrante gaúcho, mestre e doutro,
criados e idealizador da marca Claro, é muito engraçado. Mas sabe dar dicas
sérias acerca da vida e da carreira, por exemplo. Entre elas estão: ler muito,
evoluir sempre, conectar, avançar, acompanhar o noticiário, ter sempre opinião
sobre tudo e “não seja um plâncton”. Além de “tenha história para contar e faça
alguma coisa na vida.” Dicas úteis e valiosas, a meu ver. Dicas não só para a
carreira, mas para a vida.
A segunda parte
da palestra não foi muda. Dado, depois de chamar e manter nossa atenção inicia
seu monólogo. Diz que era um dinossauro analógico. Com o advento do SMS, há
alguns anos, já começou a perder a atenção dos alunos. Então contratou um
profissional e tratou de se conectar e aprender a usar a internet, as redes
sociais, etc. A sua aula agora seria em tablets e smatphones, já que a atenção
dos alunos se concentra nesses pequenos aparelhos, de acordo com o que ele
próprio falou.
Uma palestra
motivacional (?) que se preze, deve mostrar como chegar lá. O palestrante deve,
portanto, ser bem sucedido. Ele mostra seu currículo e seus feitos.
Convence-nos sobre a importância de sempre realizar algo na vida. Somente ser
não adianta. Ele diz que nós,
jovens e estudantes da área de comunicação ou não, devemos estudar e sempre nos
reciclar. Isso é obrigação! Devemos ser curiosos e trabalhar muito, além de ter
o diferencial: o noticiário básico na ponta da língua.
A briga entre as
gerações X e Y tem hora para acabar, afinal em breve a geração X não estará
mais aqui e a geração Y será do século passado. Vem aí a geração Z, que já é
diferente da gente em tudo, e vai nos superar. E por falar em
século, nos damos conta nessa palestra, que o século XX foi vertical e o XXI é
horizontal, no sentido que não há mais chefes. Hoje há os líderes, que
trabalham a mesma quantidade de tempo, ou mais que seus subordinados. Além
disso o nosso século, traz muita mais gente boa e qualificada, tornando o
mercado ainda mais competitivo.
O século XXI traz
novas economias e novas empresas, exigindo, portanto um novo profissional e
novos hábitos. Daí a importância de se destacar, de ter diferenciais. Um desses
diferenciais pode ser a capacidade de solucionar problemas. De acordo com Dado,
se tivermos um problema a ser resolvido, é preferível que o resolvamos
pessoalmente ou por telefone. E-mail ainda é impessoal e pouco instantâneo,
principalmente para resolver problemas.
Dado deixa duas frases sobre a nossa era.
Tratei logo de anotar, pois as achei geniais. A primeira é: “Não estamos na era
da mudança. A mudança é a nossa era!”. A outra frase é: “Estamos na era da
diferenciação de mentalidades.” Essas frases, assim como toda a palestra, nos
obriga a pensar e repensar em nossas atitudes e na falta delas.
O último
registro que tenho da palestra é sobre o livro de Dado: “O mundo mudou bem na minha vez” que ele
leva “no braço” para todas as palestras
em todas as cidades do Brasil, e vende a vinte reais cada.
Rafaela Valverde